segunda-feira, 20 de junho de 2011

Fisioterapia na Gestação


A fisioterapia no período pré-natal tem sido cada vez mais indicada para melhorar os desconfortos musculares, as dores, principalmente a lombar, as alterações respiratórias, os distúrbios circulatórios, como por exemplo o inchaço que pode aparecer no final da gestação,  além de ser fundamental na preparação para o parto, no treinamento e prevenção de traumas do assoalho pélvico.
            Estudos mostram que 60 a 80% das gestantes apresentam algum desconforto músculo-esquelético no decorrer da gestação, sendo as mais freqüentes a lombalgia, a dor sacro-íliaca e a cervicalgia. Além disso, a falta de conscientização pode levar a lesão perineal, afetando 85% das mulheres que tem parto vaginal.
            Soma-se a isso, a ansiedade pré-parto, dificuldades na relação mãe-bebê, conflitos de auto-imagem, disfunções sexuais, conflitos com o papel profissional, preocupações estéticas (flacidez muscular e de mamas) e o medo do parto vaginal, justificando assim a realização de um trabalho corporal durante este período.
            A atuação da fisioterapia na gestação pode ser indicada de acordo com algumas demandas, sendo elas:
  •            Sintomas físicos: lombalgia, dores osteomusculares, câimbras recorrentes, edemas, dispnéias.
  •      Sintomas de adaptação ao corpo gravídico: imagem corporal, distúrbios do sono, obstipação intestinal e incontinência urinária, principalmente a incontinência urinária de esforço.
  •     Acompanhamento do ciclo gravídico puerperal: prevenção de sintomas, correção postural, orientação de atividade física.
  •         Preparação para o parto: treinamento do períneo, mobilização pélvica, posturas para o trabalho de parto e recursos de analgesia.
            Tudo isso visando à promoção de saúde materno-fetal, deslocando o olhar da doença e dos sintomas para a grávida, para a relação mãe-bebê, para o casal grávido e para a relação da tríade (mãe-pai-bebê).
Sendo assim, a fisioterapia está recomendada desde o início da gestação podendo se prolongar até o parto e pós-parto, desde que a gestante se sinta bem, realize acompanhamento pré-natal e esteja liberada pelo médico para a realização de atividade física.

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