quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dor Pélvica Crônica: “Existe um tratamento eficaz?”





Essa é uma pergunta que muitas mulheres com DPC fazem devido à dificuldade de encontrar um tratamento que alivie a tão limitante dor que persiste por tanto tempo...

O que acontece muitas vezes é que nem as mulheres e nem mesmo os profissionais suspeitam que suas queixas sejam decorrentes da dor pélvica crônica, tratando seus sintomas de forma ineficaz.

A dor pélvica crônica é definida como uma dor que ocorre na região da pelve, na região da parede abdominal (abaixo do umbigo) e/ou na região lombar que dura por mais de três meses, podendo ou não estar relacionada com o ciclo menstrual.

As causas são diversas, podendo ser ginecológica (como endometriose, mioma, aderências), urológica (cistite, retenção urinária), gastrointestinal (como constipação intestinal, síndrome do intestino irritável), neurológica, emocional (história de agressão física ou abuso sexual), musculoesquelética (lombalgia, artrites, traumas), cirurgias, entre outras. Essa grande variedade de causas é outro fator que dificulta o tratamento eficaz, mesmo nos casos em que o médico diagnostica a DPC.

Mas independente da causa, os sintomas são característicos. A dor decorrente da DPC é um dos sintomas que mais afetam a qualidade de vida das mulheres, comprometendo as atividades diárias e os aspectos sexuais (dor na relação, falta de interesse, anorgasmia).

Essa dor intensa causa um aumento da tensão muscular no corpo, e como a musculatura da pelve, abdome, coluna e membros inferiores dividem a inervação com estruturas do aparelho urogenital, muitas vezes a dor oriunda dessas estruturas pode facilmente confundir uma dor de origem uroginecológica, gerando um ciclo vicioso de dor e tensão.

FISIOTERAPIA
É muito importante que a paciente com DPC saiba que o tratamento não proporciona a cura, e sim o alívio dos sintomas, melhorando a sua qualidade de vida.

Além da fisioterapia, uma abordagem multidisciplinar se faz necessária, incluindo principalmente médico e psicólogo.
Como as mulheres com DPC frequentemente apresentam alguma alteração na musculatura do assoalho pélvico, a fisioterapia atua no alívio da dor e na reeducação muscular e sensitiva desta região.

Para alcançar esses objetivos o fisioterapeuta faz uso de massagens, liberação dos trigger points (pontos de tensão muscular), alongamentos, exercícios terapêuticos e trabalho postural. É importante que a mulher procure um fisioterapeuta especialista em uroginecologia.

A melhora é gradual e o processo pode ser doloroso, mas é fundamental que a mulher persista e realize o tratamento regularmente.

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