terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tratamento fisioterapêutico nas disfunções sexuais femininas


A disfunção sexual é definida como a incapacidade de participar do ato sexual com satisfação, devido a algum transtorno de qualquer uma das fases da resposta sexual (desejo, excitação, orgasmo e resolução).

As causas são diversas, podendo ser desde emocionais como história de abuso/trauma ou conflitos conjugais, social, orgânica como disfunção hormonal, alteração vascular ou física (disfunção do assoalho pélvico, entre outros), patológica como malformações genitais e infecções no trato genital, iatrogênica pelo uso de anti-hipertensivos e drogas quimioterápicas e por resultado de procedimentos médicos como a episiotomia.

Estudos mostram que 49% das mulheres brasileiras apresentam pelo menos uma disfunção sexual. Dentre as disfunções sexuais, destacamos a falta/diminuição do desejo, a secura vaginal (falta de lubrificação), a dispareunia (dor durante a penetração), o vaginismo (contração involuntária dos músculos próximos à vagina que impedem a penetração do pênis) e a disfunção orgásmica/anorgasmia.

Apesar da alta prevalência, a maioria das mulheres não buscam ajuda médica por falta de informação, vergonha, frustração ou por falhas de tentativas de tratamentos realizados por profissionais não capacitados.

A fisioterapia é uma inovação nessa área, mostrando trazer benefícios por meio da percepção corporal e conscientização perineal. Durante a avaliação fisioterapêutica realizada por profissional especialista na área, percebe-se que mulheres que sofrem de alguma disfunção sexual apresentam disfunção do assoalho pélvico, que se apresenta ou com aumento de tensão ou então com fraqueza muscular. Qualquer alteração no assoalho pélvico pode afetar a satisfação sexual da mulher, uma vez que tais músculos estão envolvidos com a ereção e sensibilidade do clitóris e com a plataforma orgástica por meio da sua contração reflexa e rítmica.

O tratamento fisioterapêutico das disfunções sexuais abrange técnicas de consciência, fortalecimento e relaxamento especialmente dos músculos do assoalho pélvico, tais como mobilização pélvica, massagem perineal, eletroestimulação, biofeedback, , liberação miofascial e exercícios para o assoalho pélvico.

Ressaltamos a importância do tratamento com um profissional especializado, que realize uma anamnese minuciosa da história da disfunção e uma avaliação física completa, para que então seja realizada a conduta correta, sem riscos de piora e maior trauma para a mulher.



segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Evolução da Gravidez


Durante a gestação nosso corpo passa por uma série de modificações sistêmicas e locais, permitindo uma melhor adaptação do organismo materno a está fase.

O aumento da volemia (quantidade de sangue) materna é uma destas modificações, ela se faz necessária para que se aumente a oferta de nutrientes e oxigênio para o feto e supre as necessidades aumentadas da circulação materna. Em decorrência destas alterações, pode ocorrer falta de ar aos esforços, taquicardia e inchaço de pernas e pés, sintomas comuns a gestação.

Na alimentação também ocorrem alterações, há o aumento do apetite e diminuição da mobilidade do estômago e intestinos, tornando a evolução do bolo alimentar mais lenta para aumentar a absorção de nutrientes, levando á tendência de obstipação intestinal e risco de hemorróidas.

O ganho de peso até a 24º e 26º semanas, pequena parte decorre do concepto e maior parte da estocagem materna de gordura. Após este período, o ganho de peso materno relaciona-se diretamente ao peso do concepto, havendo a estabilização ou perda do tecido adiposo.

No sistema urinário há um aumento da taxa de filtração sanguínea renal, e em conseqüência aumento da frequência urinária.

O útero cresce gradativamente, havendo um incremento de vasos e nervos.  As mamas ficam hipersensíveis, ocorrendo aumento de volume das mamas e dos mamilos e hiperpigmentação dos mesmos.

Na pele podem aparecer estrias, devido à ruptura da mesma, por isso a importância de mantê-la sempre hidratada e o surgimento de varizes ocorre devido a diminuição do retorno venoso.
  
As articulações ficam mais flexíveis e a pelve torna-se mais móvel. Levando a modificações na postura e no caminhar da gestante, que podem gerar dores musculares.