terça-feira, 19 de julho de 2011

Síndrome do Túnel do Carpo na gravidez




A síndrome do túnel do carpo é caracterizada por sensação de dormência, formigamento ou “choque” nas mãos, especialmente nos dedos indicador, médio e anular, e dor em alguns movimentos como dobrar os dedos e fechar as mãos.

Durante a gestação, os sintomas podem surgir em qualquer trimestre gestacional, mas normalmente aparecem no 5° ou 6° mês, quando há aumento do edema (inchaço) gestacional, já que a síndrome ocorre quando há compressão do nervo (mediano) que passa pelo punho, decorrente do estreitamento da região (canal) de passagem do nervo e tendões.

Geralmente os sintomas se acentuam durante a noite e diminuem durante o dia. A gestante pode sentir maior desconforto ao adormecer sobre o braço, e dor para realizar algumas atividades como abrir embalagens, segurar o volante do carro, entre outras.

Condutas que ajudam a reduzir o edema, como a drenagem linfática, podem aliviar os sintomas. Imobilizar a articulação do punho com tala específica, recomendada por profissional qualificado, também oferece melhora. Outros cuidados como tentar mudar de posição durante o sono, abrir e fechar as mãos e elevar as mãos também pode ajudar.

Deve-se ter cuidado com as medidas tomadas por conta própria a procura de alívio. A aplicação de calor na região, especificamente no caso das gestantes, pode agravar os sintomas, uma vez que o aumento da temperatura pode piorar o edema local.

Na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o parto. Caso persistam no pós-parto e regressão do edema, deve-se procurar um ortopedista, uma vez que a síndrome pode ser decorrente de outros fatores que não o edema gestacional. Aquelas que possuem atividades profissionais que envolvem movimentos repetitivos dos braços e mãos, assim como flexão contínua dos dedos, por exemplo a digitação, devem estar atentas, pois tais atividades também desencadeiam os sintomas da síndrome devido a processos inflamatórios.

Para prevenir a síndrome do túnel do carpo é importante que a gestante “controle” o edema gestacional, realizando atividade física e drenagem linfática com profissionais especializados.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Fisioterapia no Pós–Parto – Puerpério imediato


O puerpério é o período após o parto, em que há a regressão das modificações locais e sistêmicas que ocorreram durante a gestação.

Compreende um longo período, iniciando-se no 1º dia pós parto e indo além do 45º dia, sendo divido em imediato (1º ao 10º dia), tardio (10º ao 45º dia) e remoto (a partir do 45º dia).

O puerpério imediato é um período sensível, já que é nesta época que a “futura mãe” se depara com um bebê real, o corpo assume uma nova função e se estabelecem os vínculos de mãe-filho, pai-filho, a tríade mãe-pai-filho e a nova família.

A fisioterapia atua desde o primeiro dia, ainda na maternidade, e depois acompanha toda a adaptação da chegada em casa.

Nesta fase, um fisioterapeuta qualificado, orienta em relação à postura adequada da mãe e da criança durante a amamentação, estimula a relação mãe-bebê, trata as dores musculares e articulares decorrentes deste processo de mudança corporal, trabalha a adaptações posturais desta fase, além de avaliar a musculatura abdominal e perineal, iniciando desde já o tratamento de diástese abdominal e lesões perineais.

O acompanhamento de um profissional nesta fase também é importante para se detectar precocemente a depressão pós parto, auxiliando nesta mulher a iniciar o tratamento o mais rápido possível.